Carburação e injeção eletrônica
Técnica
Olá e um feliz ano novo, caros amigos e leitores cabeça de transmissão, estamos
aqui com o nosso primeiro post de 2016 (que ficamos de detalhar desde nosso post sobre indução
forçada, no ano paaaassadooooo), mais precisamente na parte que passamos informações básicas sobre
sistema de alimentação, pois bem, vamos explicar um pouco sobre as diferenças
de um sistema alimentado por carburação e um sistema de injeção eletrônica.
Ambos os sistemas foram criados para admitir para dentro do motor o mais
próximo possível da chamada mistura estequiométrica, que é a mistura ideal da
relação ar/combustível (15 partes de ar para 1 gasolina ou 9 partes de ar e 1 de
etanol). Claro que isso é teórico, afinal, o sistema de alimentação por mais
avançado que seja não são capazes de conseguir entregar a relação
estequiométrica 100% do tempo e nem em todas as condições solicitadas pelo
motor de forma instantânea. Iremos dividir esse post em duas partes, uma
falando do sistema carburado e outro, falando sobre injeção eletrônica.
Carburador
Usado e defendido por aqueles entusiastas mais conservadores
e Old School, o sistema alimentado por carburador(es).
Carburador é a peça responsável por misturar ar com o combustível
e envia-lo para dentro do motor, como? Usando o fluxo de ar do motor para puxar
(ou empurrar, caso seja turbo ou supercharger) juntamente com o combustível, tudo de forma
natural, pura física.
O carburador usa um sistema de baixa pressão de combustível
para alimenta-lo com uma bomba mecânica, ligada ao um eixo comando (carros
carburados modificados, aspro ou turbos, muitas vezes adaptam-se uma bomba
elétrica com um regulador de pressão na linha de combustível, pois a bomba
original, não dá conta de suprir a cuba de combustível, para dentro do próprio
carburador).
Internamente o carburador é uma peça bem complexa composto
por vários sistemas (ou estágios), todos com suas funções, entrando em
funcionamento em diferentes condições do motor, como:
Marcha lenta: Com o motor em marcha-lenta (zero de
carga no acelerador), o fluxo de combustível é puxado pelo ar desviado antes do
corpo de aceleração (que encontrasse fechada) e apenas usado para manter o
motor funcionando em marcha lenta, sendo possível a regulagem manual da mistura
ar/combustível na marcha lenta e o ângulo do corpo de aceleração na
marcha-lenta, chamado de batente do corpo de aceleração.
Principal: O sistema principal é responsável por
alimentar o motor em médias e altas rotações, com o acelerador à plena carga e
a borboleta parcialmente aberta, pela velocidade de ar no venturi (ou difusor)
o sistema de marcha-lenta para de funcionar para dar lugar ao pulverizador
principal.
Aceleração rápida: Quando você pisa abruptamente o
pedal do acelerador, Você acionará o estágio de aceleração rápida do carburador,
acionado por uma bomba mecânica injetando mais combustível, a cada vez que o
acelerador é pressionado bruscamente, este é o único sistema puramente mecânico,
ou seja, independe do fluxo de ar.
Sistema
Suplementar: Ai que a Jiripóca pia, a porca torce o rabo ou a coisa fica
séria, quando o pedal de acelerador está pressionado tudo que dá para ser
pressionado, ou seja, acelerador com carga total, o sistema principal não dá
conta, ai entra em ação o sistema de marcha-lenta por conta da depressão gerada
no venturi(s), alem da solicitação do giclê suplementar que é acionado pela
depressão gerada pelo motor.
Existem basicamente 4 tipos de carburadores:
Os de corpo simples de apenas
um corpo de aceleração; Os progressivos, com dois corpos mas com borboletas que se abrem de forma sequencial (duplo estágio), dependendo da solicitação do pedal e do motor e os de corpos duplos ou quádruplos simultâneos, onde os corpos
de aceleração abrem ao mesmo tempo, independente da faixa de rotação e posição do pedal de acelerador.
Quando o carro usa carburadores para alimentar o motor, o
sistema de ignição pode ser eletrônica, assim o modulo de ignição controla o
tempo de ignição e assim a alimentação é feita de forma convencional pelos
carburadores, ao contrario do sistema injeção eletrônica, em que o modulo eletrônica
fica responsável pela ignição e alimentação de combustível).
Os up-grades disponíveis para o sistema de carburação são:
usinagem do mesmo, incluindo troca do corpo de aceleração, venturis e giclês,
tudo em conforme com o fluxo de ar que passará pelo carburador e quando de ar o
motor passará admitir (aspro) ou induzido (indução forçada), tudo tem um
calculo e esse cálculo deverá ser feito por um preparador, mesmo porque existe
uma infinidade de receitas prontas na internet, porem, cada motor é um motor,
há uma serie de variantes para esse calculo, levando em consideração cada peça
interna do motor, assim como (principalmente o cabeçote e seus componentes) e
sistema de ignição. Na duvida procure um profissional especializado.
...e/ou com um vídeo (sim ele é meio longo, mas é bem auto-explicativo e em português)
Até a segunda parte do nosso post, onde explicaremos sobre o
sistema de injeção eletrônica. Até breve.
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