Honda NSX
Kuruma Legends
Texto: Daniel Yoiti Hidaka Urata
Olá galera, Hoje vamos abrir uma nova serie de post sobre as
lendas que marcaram época(s) no mundo automotivo. Vamos abrir essa série com um
dos maiores ícones da industria automobilística mundial dos anos 90
(infelizmente esse carro não foi importado oficialmente no Brasil). estamos
falando do Honda NSX, que apesar de ter um motor aspirado de menos de 300CV,
(inicialmente 270CV, para ser mais exato) era considerado um super-esportivo,
por seu design e sua excelente dinâmica, sendo a fonte de inspiração para o
projetista Gordon Murray (um dos responsáveis pelo Mclaren Honda MP4/4) o carro
com melhor aproveitamento em uma temporada na F1 em 1988 nas mão da dupla
Senna/Prost, deixou de ganhar apenas uma corrida na temporada e ultimo campeão
da era turbo da F1) “lapidar” a dinâmica seu Mclaren F1, o super-esportivo que
em 1998 bateu o recorde de velocidade máxima para um carro produzido em série
com a marca de 386 km/h .
Honda HP-X
Bom, mas estamos falando do Honda NSX (siglas de New
Sportcar eXperimental) foi baseado no protótipo HP-X (Honda Pininfarina
eXperimental, feito pelo famoso estúdio de design italiano), apelidado por
muitos de Ferrari japonesa por conta de seu design, apesar que, a imprensa da
época dizia que era um carro superior à Ferrari de entrada da época, a Ferrari
348ti, custando bem menos.
Falando ainda na dinâmica do carro, o desenvolvimento contou
com a ajuda de nada mais nada menos no famoso piloto de F1 que na época
pilotava seu carro equipado com motor Honda...Satoru Nakajima, inicialmente o
piloto japonês estava ajudando a Honda a desenvolver o chassis e depois outro
piloto, o nome dele era: Ayrton Senna da Silvaaaaaaaaa
(leia com a voz de Bruce Buffer) deu seus “pitacos”, aconselhando a
Honda a melhorar a rigidez do chassis, tipo monobloco confeccionado em alumínio
, assim foi feito e conseqüentemente o NSX adquiriu uma ótima dirigibilidade e
ainda assim sendo prático para o dia-a-dia (bom, pelo menos perto de seus principais
concorrentes), o excelente “handling” era auxiliado por suspensão do tipo
double wishbone à frente e atrás e motor central, no caso um V6 DOHC, C30A de 3.0 litros (potencia de
274 CV e torque de 28 mkgf, havia uma versão com cambio automático, porem com
256 CV) e posteriormente ele foi
equipado com o motor C32B de 3.2 lts. (290CV e 31mkgf) montado transversalmente (podendo ser
equipado com cambio manual de 5 marchas e posteriormente de 6 marchas ou um
automático de 4 marchas, confirmando a experiencia da Honda em projetar motores aspirados.
O Chefe dando aquele talento em seu NSX
As medidas do carro:
Comprimento: 4,40
m (1990-1993)
Largura: 1,81
m
Altura: 1,17
m
Entre-eixos: 2,53
m
Peso: 1370 Kgs (1990-1994)
1425 Kgs
(1995-1996)
1435 Kgs
(1997-2001)
1430 Kgs
(2002-2005)
1274 Kgs
(Versão NSX-R)
A Versão NSX-R é versão voltada para performance, que
possuía melhorias em relação à dinâmica do carro, como suspensão mais rígida e
alivio de peso, (sacrificando itens de conforto como ar-condicionado, sistema
de áudio, vidros elétricos e até estepe) cambio equipado com diferencial de
deslizamento limitado (explicaremos mais em post futuro sobre este componente)
e relações de marchas modificadas, infelizmente essa versão foi vendida
exclusivamente no Japão.
Existiram outras versões como a targa de teto rígido
removível, exclusiva para o mercado americano (USDM), porem para o mercado americano era vendido pela marca Acura (subsidiaria da Honda na América do Norte que vendiam carros mais luxuosos ou esportivos) e a NSX-S e NSX S-Zero,
exclusivo para o mercado japonês (JDM) que eram meio termo entre a versão
standard e a NSX-R, sendo menos radical que o mesmo.
Em 2002, o NSX ganhou um face-lift, que se estendeu ao
para-choque traseiro e lanternas, a troca nas dimensões das rodas que antes
eram de 15 polegadas
na frente e 16
polegadas na traseira para 17 polegadas na frente
e atrás, saias laterais e a maior modificação foi na parte frontal, onde perdeu seus
charmosos faróis escamoteáveis.
Honda NSX Type-R NA2
Nas pistas o NSX conseguiu muito sucesso nas categorias
principais de GT japonesas, (a JGTC ou Japan Gran Turismo Championship, depois
mudou seu nome pra Autobacs Super GT) correndo na categoria principal, a GT500,
com carros de até 500CVs usando um motor C32B porem montado em posição
longitudinal, ao contrario do modelo de fabrica, usando kit stroker da Toda
racing, subindo a cilindrada para 3.5 litros e outras serie de modificações para
alcançar os 500CV, sendo o único da categoria a não usar indução forçada (na
época os seus dois principais concorrentes, o Toyota Supra GT500 usava o motor
3S-GTE de 4 cilindros em linha 2.2 turbo e o Nissan Skyline GT-R GT500 usava o
RB26-DETT, 6 cilindros em linha, 2.6 lts.) desde sua estréia até 2003, quando
foi substituído por um C30A, equipado com dois turbos. Ambos acoplado à uma
caixa de cambio seqüencial de 6 marchas. Algumas equipes usavam os carros da Honda e outras da Mugen, que era a divisão de performance da marca japonesa.
Castrol Mugen NSX JGTC, esse carro fez parte da infância e juventude de muita gente, mesmo que virtualmente.
Pouca gente sabe, mas o Honda NSX correu nas 24 horas de Le
Mans de 1994 até 1996, correndo com motores aspirados na categoria GT2 pelas
equipes Kunimitsu Team e Kremer Racing Honda, em 1995 a equipe de fabrica da
Honda levou dois NSX equipados com dois turbos para correr a categoria GT1 e a
Kunimitsu Racing Team levou um NSX GT2 e venceu em sua categoria e em 8° na
geral, pela mãos dos pilotos Kunimitsu Takahashi, Akira Iida e nada mais nada
menos que Keiichi Tsuchiya, o rei do drift. E em 1996 apenas o carro da
Kunimitsu Team correu de NSX, chegando em 16º na geral e 3º lugar na classe
GT2.
Kunimitsu Team Honda NSX LM GT2
Este ano o NSX ganha uma nova geração, após um hiato de 10
anos, o modelo do antigo só manteve o nome, a posição do motor
(central-traseira) e o fato de ser um V6 DOHC VTEC, porem agora o NSX tem nova
carroceria e mecanicamente o carro é equipado com um V6 3.5 lts. bi-turbo, o
que fez os fãs mais puristas “torcerem o nariz” para o motor twin-turbo e a
tecnologia hibrida, com três motores elétricos (dois, um para cada roda
dianteira e um para auxiliar o motor a combustão na traseira), sistema esterçante
das rodas traseiras (sistema 4WS) e torque vectoring (distribuidor de torque
que trabalha individualmente cada roda). Pode ser um ótimo carro, porem não é
tão puro como o seu antecessor, mas isso é coisa que só o tempo dirá.
Ficou curioso pra saber como anda o "NSeX"...
Vejam como NSX deu aquela canseira em carros bem mais potentes e o NSX-R só foi ultrapassado pela Lamborghini Murcielago nas ultimas voltas, detalhe a "lambo" tinha 300CV a mais que o NSX(!!!).
On Board do NSX da Kremer Racing Honda nas 24 horas de Le Mans
Autobacs NSX pilotado por K. Tsuchiya, quebrando o record de Tsukuba, no campeonato da JGTC.
E pra fechar a seleção de videos com chave de ouro, um NSX-R NA1 sendo testado pelo cara que ajudou no seu desenvolvimento, o famoso vídeo de Ayrton Senna pilotando e mostrando que sapato italiano > sapatilha de piloto.
Até a breve galera, com mais um post bacana para vocês.
Honda/Acura NSX Mk.II
Ficou curioso pra saber como anda o "NSeX"...
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